Sallum acusa prefeito de boicotar instalação do Centro de Hemodiálise

Na sessão da Câmara Municipal do dia 15 de julho, o presidente Eduardo Sallum voltou a acusar a Prefeitura de fazer corpo mole e de inventar uma série de desculpas esfarrapadas para não instalar a Clínica de Hemodiálise, numa atitude de desrespeito irresponsável para com os moradores que precisam viajar três a quatro vezes por semana para fazer o procedimento em cidades vizinhas.

“O Centro foi construído em 2015 e desde então está lá o prédio montado para ser um centro de hemodiálise com a toda a estrutura física pronta, mas a Prefeitura de Tatuí não consegue firmar um contrato com a empresa que vai operar e cada hora dá uma justificativa diferente”, denunciou Sallum. 

A primeira desculpa da Prefeitura foi que a empresa Nefrotat não teria a série histórica de 6 meses para conseguir o funcionamento da hemodiálise em Tatuí. “Fomos então ao Ministério da Saúde e o governo federal garantiu a dispensa a série histórica de 6 meses extraordinariamente para Tatuí, para que ofereça o serviço de hemodiálise aqui na cidade e as pessoas não precisem viajar 3 ou 4 vezes por semana a cidades vizinhas para fazer a hemodiálise”, lembrou Sallum.

Sallum conseguiu R$ 800 mil para sustentar o Centro

A segunda desculpa foi de que o problema era o dinheiro porque a Diretoria Regional de Saúde (DRS) do Estado não tinha recurso para contratar a empresa. Sallum resolveu mais uma vez o problema: “Fizemos a nossa articulação e conseguimos R$ 500 mil do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e mais R$ 300 mil com o deputado Carlos Zaratini (PT-SP), por intermédio da companheira Gláucia Moura. Pusemos R$ 800 mil reais na conta da Prefeitura. E nada de o serviço de hemodiálise começar a funcionar”.

A última desculpa da Prefeitura: a empresa Nefrotat tem que tirar um alvará. Mas para isso tem que ter um novo laudo técnico de um engenheiro de fora. A empresa já fez três laudos, cujos prazos de validade venceram, e para fazer o novo documento, que tem custos, ela quer um contrato de intenção de compra da Prefeitura. 

“Estamos há quase três meses esperando a Prefeitura assinar o contrato de intenção, mas não assina. Tem dinheiro, tem o compromisso firmado do governo federal para que seja credenciado junto ao Ministério da Saúde, que fomos nós que conseguimos, mas parece que o prefeito não quer o serviço de hemodiálise em Tatuí. E tomara que o prefeito não tenha pego esses R$ 800 mil e desviado para outra finalidade”, denunciou o presidente da Câmara.

Sallum disparou 5 perguntas diretas para o prefeito responder:

1. Por qual razão a minuta do contrato com a Nefrotat ainda não foi assinado?

2. Quem é o responsável pela análise do contrato?

3. Qual é o prazo para que o documento seja assinado?

4. Existe algum obstáculo que está impedindo que a Prefeitura firme esse compromisso? E se sim, qual é?

5. Quais providências ainda precisam ser tomadas para que a Prefeitura dê andamento à instalação do Centro de Hemodiálise?

Salum concluiu: “Vou fazer mais uma vez um pedido aqui. Será que o prefeito sabe que as famílias e essas pessoas com hemodiálise sofrem tendo que viajar para cidades vizinhas? Será que ele não tem um mínimo de solidariedade com esses tatuianos? Peço encarecidamente ao prefeito que determine, tenha pulso firme, mande o jurídico assinar esse contrato de intenção logo para que a gente tenha finalmente o serviço de hemodiálise em Tatuí”.

Ou será que somente o próximo prefeito vai assinar? Sallum, com certeza, resolverá mais esse problema.