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O Governo Lula, por meio do Ministério da Educação, anunciou a criação de novas unidades dos Institutos Federais Brasil afora. São Paulo deve receber, nos próximos anos, novas escolas e Tatuí tem pleiteado um campus na cidade. Há 10 anos atrás, a cidade de Tatuí foi sondada para sediar um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).
Hoje, a cidade de Tatuí dispõe somente de uma instituição destinada a formação de nível superior gratuito na cidade: a Fatec Tatuí – Prof. Wilson Roberto Ribeiro de Camargo, que dispõe de 1.431 estudantes matriculados (Dado oferecido pela diretoria da unidade).
Também há somente uma instituição privada, a Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara – FAESB, que tem 648 estudantes atualmente (Dado oferecido pela diretoria da unidade).
Ainda dentro da cultura estudantil, Tatuí dispõe no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de 1.973 estudantes matriculados (Dado oferecido pela Organização Social Sustenidos, atual gestora da instituição, em ofício 24/23 encaminhado à Câmara Municipal de Tatuí), porém observa-se que apesar da relevância da escola, está não é oferece formação em nível superior.
Diante deste quadro, muitos tatuianos são forçados a procurar sua formação em nível superior fora do município, seja pela cidade não dispor do curso que se deseja cursar, pelas dificuldades financeiras ou de ser aprovado nos vestibulares.
De acordo com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo – EMTU, 563 estudantes de Tatuí viajam diariamente para ter acesso a universidades na região metropolitana de Sorocaba e 131 (Dado oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de Tatuí) vão para municípios fora da RMS em busca de melhores oportunidades de estudo.
Esta situação torna a jornada diária do estudante que trabalha e estuda bastante penosa, considerando-se o cansaço ocasionado pelos longos deslocamentos o que, por vezes, pode inviabilizar a concretização do sonho do diploma universitário. Neste cenário, ainda são gerados custos indesejados tanto para o estudante como para a Prefeitura Municipal de Tatuí, que subsidia parcialmente o deslocamento intermunicipal, além de haver uma maior exposição ao risco de acidentes rodoviários.
Não menos importante, a escassez de cursos na cidade tem impedido a qualificação dos trabalhadores locais, fator que promove a migração de profissionais melhor qualificados para Tatuí e gera desemprego para os habitantes do município, os quais acabam ficando com as vagas com menor exigência e portanto, com os menores salários.
Outro fato que se faz necessário destacar é o de que em 2015 havia 1.804 estudantes usuários do transporte universitário para outros municípios, dentro e fora da região metropolitana (Dado oferecido pela Secretaria Municipal de Educação, no ofício 0585/GSME/2019 encaminhado à Câmara Municipal de Tatuí). Isso sugere que esses dados podem estar subestimados, com a consequência de um aumento do número de estudantes utilizando outros meios de transporte, seja de carro, moto, ou mesmo com o fretamento de vans, sem passar pelo crivo da agência de transporte metropolitano ou da Secretaria Municipal de Educação.
Outra possibilidade para tentar entender essa drástica redução nos últimos anos e que reafirma a necessidade da instalação de um Instituto Federal em Tatuí, é que os estudantes, por razões econômicas, estão sentindo dificuldade em arcar com os custos de viagens diárias e acabam por interromper seus cursos.
A partir dos dados apresentados, fica evidente que a construção de um Campus do Instituto Federal na cidade de Tatuí irá impactar de maneira positiva diretamente quase meio milhão de cidadãos e cidadãs – residentes na Microrregião a qual a cidade pertence – por meio da oferta de cursos de ensino superior de forma gratuita. Promoverá ainda a melhoria do bem estar econômico e social da cidade, estagnados há anos por gestões despreparadas e desalinhadas com as políticas sociais contemporâneas, indo ao encontro das políticas sociais e afirmativas difundidas pelo Governo Federal vigente.
